
Maria da Conceição tentou esperteza,mas foi desmascarada pelos agentes da equipe "B"

Celulares,fundo falso e o balde de margarina. A manobra não deu certo

STPM JOTA MARIA @ MOSSORÓ-RN, 24 DE OUTUBRO DE 2011
Quando pensamos em uma mulher criminosa temos sempre a idéia de lidar com a exceção, de restarmos analisando um verdadeiro traço percentual daquilo que, de fato, representa a criminalidade em toda sua grandeza, porém alguns trabalhos existem questionando o crescimento social da mulher e sua extensão para esse outro aspecto relevante da sociedade e impossível de ser desprezado, até mesmo porque, com o desenvolvimento social, ocorreu também o aumento excepcional da carga de violência em todos os ramos onde se faz presente a pessoa humana, sempre sendo necessário esclarecer que desconsiderar a presença da mulher neste panorama passa inclusive por preconceitos. Os espaços da sociedade que se julga ter maior relevância são, no mais das vezes, reservados para os homens, como a da magistratura ou do Ministério Público ou mesmo nesta Faculdade de Direito. Segundo Gemma Marotta, a realidade da cultura italiana aponta um relevante papel em organizações como a camorra e a cosanostra para o universo feminino, qual seja, o de fazer ensinar a omertá, melhor dizendo, o "código de ética e conduta dos mafiosos", cabe a elas os ensinamentos da honra entre aqueles criminosos e alguma pequena participação em conspirações sexuais, nunca ou quase nunca atingindo o posto de Capo. Nas organizações como as do tráfico no nosso território nacional, alguns estudos destacam uma participação feminina em torno de 30%, mas sempre em atividade menores como a de "bucha" ou "mula", somente cerca de dois por cento atingindo o "cargo" de "dona da boca" ou "gerente do tráfico. Em relação ao objeto que ora proponho, não foram os números ou a visibilidade e importância social que me chamaram atenção, mas a própria "invisibilidade" dos crimes cometidos pela mulher. Percebi que não me interessava tão-somente classificar os crimes cometidos por mulheres, mas, sim, conhecer a história que levou aos crimes. A história de suas condições de vida, seu cotidiano, suas relações com a família, com suas vítimas, com os outros é um recurso para entender o significado dos assassinatos por elas cometidos, por que mataram e como representaram essa ação. Deixando de lado a representação do "crime feminino", considerado típico da mulher, como o infanticídio —a mãe que mata o bebê sob a influência do estado puerperal— o aborto, a prostituição, o abandono de crianças, o assassinato dos companheiros e, hoje, o envolvimento com drogas, passei a estudar casos em que as mulheres mataram homens, sendo companheiros ou não, outras mulheres, inimigos, independentemente de qualquer tipo de classificação. O contato com essas mulheres em muito assegurou a inexistência de uma maldade exacerbada ou mesmo de qualquer valor social relevante diferenciador, que pudesse conduzir-nos à conclusão que restávamos diante de deformadas mentais ou sociais. Eram sim pessoas e criminosos comuns, sendo processadas e condenadas por se envolverem em crimes de morte e outros, algumas vezes sim por conta de companheiros e em razão de parentesco, contudo, por outras tantas vezes, pela ambição ou pobreza, e por tudo aquilo que leva o ser humano a cometer delitos.
21/01/1992 – Por volta das 17 horas, na Rua Padre Carlos, bairro do Cascalho, próximo ao Quartel da Polícia Militar, as irmãs FRANCISCA ITAMIRAM DE OLIVEIRA, FRANCISCA ALTAMIRA DE OLIVEIRA e MARENILDES AGRIPINO DE OLIVEIRA assassinaram a pessoa de FRANCISCA DE FÁTIMA VIEIRA DE LIMA, 29 anos, natural de Pilões-RN, filha de SEBASTIÃO MOISES DA SILVA e de CÍCERA VIEIRA XAVIER. A vítima foi morta com 3 tiros de revóçver calibre 38. As duas primeiras mulheres foram presas em flagrante de delito, enquanto, a última conseguiu fugir
11/04/1987 – A pessoa de Maria Astrogilda de Lima Reinaldo, foi presa e autuada em flagrante de delito, quando a mesma dava entrada na maternidade Claudina Pinto, na cidade de Apodi, onde mediante informações do Dr. José Pinheiro Bezerra, dava conta que a mesmo havia chegada naquela unidade hospitalar perdendo muito sangue e se negado a dizer, que tinha dado à luz a uma criança, mas por investigação médica, a mesma confessou, que havia parido e enterrado a criança. O recém-nascido foi morto no quintal e enterrado no monturo, constando assim o crime de infanticídio.